Por economia todo mundo entende um pouco, como escalação da seleção brasileira, todos somos técnicos. Ocorre que as temáticas que envolvem as atuais discussões econômicas têm exigido, cada vez mais, conhecimento específico.
Fala-se em economia criativa, economia compartilhada, economia participativa, economia comportamental. Há ainda a necessidade de falarmos na via interdisciplinar da economia, presente no direito, na administração, ciências contábeis. Teses econômicas das bancas de doutorados, das crises econômicas no âmbito político, do bolso dos consumidores.
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E aí?! Sobre economia circular, você sabe o que é? Trata-se de um movimento estruturado na inteligência da natureza, afasta-se do processo linear (produção e descarte), e organiza-se em uma estratégia circular, em que os resíduos são insumos para a produção de novos produtos. O conceito parte da expressão cradle to cradle (do berço ao beço). Não há ideia de desperdício, tudo nutre um novo ciclo.
A economia circular permite construir vários conceitos a partir do ideal de reaproveitamento - design regenerativo, economia de performance, ecologia industrial, biomimética, blue economy, biologia sintética - com o intuito final de estruturalmente regenerar o comportamento da sociedade diante da produção.
Alerta! Vão legalizar a exploração dos dados pessoais
Por certo, da produção se consolida o consumo. Eis o fluxo! Assim, a economia circular altera significativamente o comportamento do consumidor quando as relações de consumo passam a ser mais sustentáveis, quando atentam para um movimento circular de reaproveitamento em detrimento ao descarte. A obsolescência programada - produtos com durabilidade cada vez menor, ou mesmo programados para ter uma vida útil mínima - faz acumular resíduos, muitas vezes eletrônicos, sem um descarte adequado. Corremos o risco, em um futuro não tão distante, de limitarmos o nosso espaço no planeta em razão do lixo que produzimos.
A economia circular propõe uma mudança em toda a maneira de consumir. Chegará o dia que optaremos por marcas comprometidas com o planeta, aptas a gerar um efeito mínimo no espaço em que atuam, da poluição da indústria, da utilização de mão de obra adequada, do design dos produtos à relação com as matérias-primas, da produção aos resíduos, será necessário um novo comportamento.